Friday, October 23, 2009

Coragem de viver, e não somente sobreviver

Li outro dia, uma citação de Joanna de Angelis, psicografada por Divaldo Franco, que dizia o seguinte: “A vida em todas as suas expressões inteligentes é um desafio à coragem humana”.

Verdade! É preciso coragem para viver e não somente sobreviver no nosso planeta. A nossa sociedade consumista e egoísta, perdida no mundo do ter, esquece que ser é mais importante.

A maioria das pessoas simplesmente, sobrevive, passam pela vida, inconscientes de seu papel na sociedade e no mundo. Atendem as necessidades primárias: comem, bebem, fazem sexo, descansam e dormem. Normalmente, com exageros, despreocupados, comem demais ou comem de menos – alguns se empaturram de comida, outros fazem dietas exclusivas que levam a anorexia. Afinal, moderno é ser magro, a qualquer custo. Outros bebem um pouquinho, e o hábito os vai consumindo aos poucos – o chopinho depois do trabalho, a cervejinha vendo televisão, e de repente, estão bebendo sem controle, e outros bebem demais, só as vezes, afinal... é a embriaguez do fim de semana de festa.

Uns vestem-se seguindo a moda do dia, ou tentando segui-la, divertem-se, trabalham ansiosamente durante a semana pensando no fim de semana, que virá para usufruir momentos de festa ou de descanso. Outros, passam fome, sem o mínimo necessário para a sobrevivência, trabalham e lutam, e mesmo assim, consomem-se nas drogas reais ou nas drogas da ilusão – almejam entrar nesta "sociedade de fartura" e alguns por ela, tornam-se criminosos, venais, perversos.

E nós,outros, que já nos dizemos conscientes, que já conhecemos a moral espírita cristã, que já conhecemos Jesus, como vamos viver? como queremos viver?

Não há dúvida – na vida é preciso ter coragem para viver.

É preciso ter coragem para viver com honestidade.
A vida oferece tantas pequenas oportunidades de nos desviarmos, de nos acostumarmos com os pequenos deslizes. Por exemplo, vamos ao mercado e recebemos o troco errado, será que devolver é instintivo e imediato? Ao fazermos um negócio, exigimos um preço muito maior do que o real, ou oferecemos ao outro um produto quebrado e mal consertado, que durará uns meses, passando adiante o que não nos serve, sem avisar o estado real do produto. Vamos a uma festa, e alegrinhos ficamos, e da alegria saudável, aturdidos passamos a conversa vazia; do copo de vinho, da cerveja passamos facilmente a embriaguez...

Não estamos fazendo alegoria do ideal de ser bonzinho. Estamos falando de viver conscientemente, contribuindo para o bem estar da sociedade. Estamos falando de viver bem - cultivando a saúde do corpo e da alma. Estamos falando de assumir atitudes cosncientes cada minuto que estamos na vida.

Aprendemos a discernir, fazendo escolhas consciente. Precisamos viver conscientes de que o mundo só vai melhorar, se nós melhorarmos nossas atitudes: ações e mente, pensamento e prática.